quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
O ESCRITOR: O CRONISTA DA VIDA
O Escritor: O Cronista da Vida
Por Anisio Saber Filho
A vida de um escritor é renovada todos os dias, a cada palavra escrita, a cada ideia retratada, a cada sentimento passageiro sobre temas duradouros, a qualquer tempo e em cada momento lúdico ou trágico vivido por ele!
Quando a inspiração lhe falta, por razões que um escritor jamais explica, talvez até porque não saiba, fica ensandecido, meio apatetado, e sai numa busca fremente das palavras que as letras não lhe permitem coadunar, impedindo a ordenação lógica de seus pensamentos, como se estivessem lhe negando o oxigênio, indispensável a sua sobrevivência, tanto existencial quanto espiritual.
É como deixar que os acontecimentos ficassem ao léo, perdidos num mundo obscuro e inatingível e parasse de ser construído e o tempo estacionado, ali, nas suas últimas sensatas letras e só voltaria a se movimentar quando a inspiração lhe permitisse e começasse a escrever novamente, como se estivesse renascendo a cada frase, numa contribuição imediata para que a história não sofresse uma lacuna por não ter sido contada.
Assim é a vida de um escritor, uma missão apostólica, quase religiosa da palavra, a impulsioná-lo, todos os dias, pelo prazer de deixar esse legado para a humanidade que, depois de retratado por ele, passa a se chamar história, a história do nosso cotidiano, de pessoas importantes ou de um simples transeunte, ou até mesmo sobre uma árvore que ao deixar cair de seus galhos uma folha amarelada, o leva a dissertar maravilhosamente sobre o outono, perpetuando, assim, seu testemunho, como assim fizeram os apóstolos de Cristo, com suas crônicas, narrando cada momento vivido por Jesus aqui na Terra!
PARAR O TEMPO?
PARAR O TEMPO?
Por Anisio Saber Filho
Ah... Como eu gostaria de parar o tempo, impedir que o envelhecimento fosse inexorável e de mim não tomasse posse.
Não que eu tenha medo da idade, mas me assusta o ocaso, de partir deste mundo com tantas coisas ainda por fazer, aliás, neste quesito, ando bastante atarefado e também me afastar das pessoas que amo e que admiro, como minha família e meus amigos.
Um dia sei que meu tempo vai se esgotar, tenho consciência disso, mas graças a Deus sem data marcada, pelo menos que seja do meu conhecimento, mas, por garantia, levanto este tema meio angustiante, acho até que egoísta, quando proponho que nosso tempo aqui na terra seja maior do que o normal.
Deus poderia estabelecer um prêmio, como extensão do tempo de vida, há quem só praticasse o bem, a caridade e que tivesse a honestidade como lema em sua vida e exercitasse o amor ao próximo, sem restrição e com toda a intensidade!
Seria uma dádiva de Deus essa prerrogativa divina a quem assim procedesse e, se assim fosse, talvez, os homens se tornassem melhores e, mesmo que seja por interesse, não teria importância, despertariam para a felicidade alheia, aprenderiam a ter compaixão e veriam que essa prática é boa, até mesmo diante de seus próprios olhos e também pensariam muito, antes de terem uma recaída e praticarem o mal contra alguém, porque seus créditos para a extensão de seu tempo de vida aqui na terra, com toda certeza, diminuiriam bastante aos olhos de Deus!
Sei que estou falando por sofismas, formulando ideias que não se concluirão, ou que jamais acontecerão, porque tudo tem seu tempo certo, mas tenho certeza que se assim procedermos, pelo menos quando chegar nosso momento final, podemos conseguir um lugarzinho um pouco melhor no Jardim do Éden, onde nossos espíritos passearão por toda a eternidade!
O ESPÍRITO DE NATAL
O ESPÍRITO ESPÍRITO DE NATAL
Por Anisio Saber Filho
Ah!... Lá se vai o tempo, saudosos tempos, de cidade do interior, sem malícias, sem maldades, onde a pureza das pessoas se fazia sentir nos seus atos e pensamentos, num simples cumprimento ou aceno de cabeça, a representar o respeito pelas pessoas, hoje quase apagados pela selvageria que o desenvolvimento econômico e o progresso vem impondo ao mundo e aos seres humanos, numa velocidade impressionante, quase criminosa, derrubando valores e preceitos, até então, intocáveis pelo homem trabalhador e religioso.
Oh! Senhor de todas as coisas, de todas as formas, de todas as graças, de todas as preces, não deixeis que de ti nos esqueçamos, nem que de ti nos afastemos, mais do que já estamos.
Nos dias atuais, a crença em Deus, para muitos, está distanciada, não por sua vontade própria, mas pela batalha particular que cada um tem que enfrentar no seu dia a dia, onde o emprego não significa status nem segurança alguma, mas uma tênue esperança de quem o possui e que deve mantê-lo a qualquer custo, trabalhando incessante e extenuadamente.
Em tempos passados, principalmente lá pelos meados do século XVIII, os homens cultos e inteligentes, talvez a partir das idéias de Marx, passaram a negar a existência de qualquer realidade supramaterial, admitindo que a matéria como substância única, reduz a realidade ao que é perceptível pelos sentidos e facilmente controlável.
Eles acreditavam que a intelectualidade era incompatível com a fé religiosa e suas palavras tiveram grande influência na Europa, repercutindo em outros continentes, até mesmo no Brasil, onde os intelectuais, com raras exceções, negavam a existência de Deus, abraçando o materialismo proposto por Karl Marx - um grande pensador, que idealizou as linhas do pensamento comunista,principal fonte de inspiração para os objetivos revolucionários de Lenin.
Nietszche, um dos maiores filósofos da Alemanha, seguiu esta mesma linha de pensamento materialista. Ligado por íntima amizade a Wagner, não hesitou em rompê-la quando este voltou ao cristianismo.
Desenvolvendo uma moral decididamente anticristã e atéia, Nietszche exalta a vontade de poder do grande indivíduo (super-homem) e celebra a vida que sempre se renova em eterno retorno, sem ter que prestar contas de seus atos, sem temer o inferno ou preocupar-se com a eternidade.
Acometido de paralisia progressiva, que o levou à loucura, terminou seus dias em um manicômio na Riviera Italiana e, no leito da morte, teria dito: "Se realmente Deus existe, sou o mais miserável dos seres humanos".
Na Índia, entretanto, Mahatma Gandhi, um dos homens mais importantes de nossa história contemporânea, marcou sua trajetória política e religiosa, se contrapondo a qualquer tipo de materialismo e combatendo com todo fervor as conquistas por meio da violência, mesmo que importante fosse para seu país e, como praticante do hinduísmo e da forte pressão que o islamismo exercia, foi um dos líderes espirituais que mais se aproximaram do pensamento Cristão.
E no silêncio destas letras, peço que não deixes que de ti nos esqueçamos, pois o Senhor mesmo disse: "Pedi e receberás; buscai e acharás; porque quem pede recebe, e quem procura acha, e ao que bate, a porta lhe abrirá". E que desta porta, ao abrir-se para receber-nos no Paraíso, emane também as graças da virtude cristã, para que a herança do reino da luz esteja também na terra e seja por todos nós recebidas.
Seria um presente maravilhoso para este início de século. O Natal está se aproximando e mais uma porta se abriu: As portas do terceiro milênio. Os cristãos acreditam em mudanças profundas a partir deste novo momento, numa nova mentalidade para o mundo atual.
Na verdade tudo vem acontecendo com normalidade, pré-estabelecida, desde Adão, passando por Noé, Moisés, Abraão, Jesus Cristo e até mesmo Maomé, todos com missão específica e bem delineada, em cada tempo, em cada profecia.
E Jesus veio nos dar o maior de todos os exemplos: o exemplo da paz, onde o uso da força jamais foi por Ele utilizado ou mesmo aventado e, quando ofendido, dava a outra face sem arrependimentos e na cruz perdoou seus algozes e por onde passou deixou plantada a semente do amor e o seu desprendimento com relação ao poder do dinheiro.
Portanto, é preciso considerar a sua missão. Estes exemplos não podem ser esquecidos nem suas palavras ignoradas. Que mundo maravilhoso será o nosso quando a profecia de Cristo se fizer. Quando todos concluirmos que o dinheiro não pode ter a importância que se dá a ele nos tempos de hoje, nos levando a uma individualidade perigosa, solitária e perversa, mas que na verdade ninguém a deseja.
Então vamos lutar por um mundo melhor, o mundo visto sob a ótica de Jesus Cristo, a nos mostrar o maior de todos os seus presentes: O verdadeiro Espírito de Natal!
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